Fazendo uma retrospectiva dos meus 365 dias vividos em 2014, percebo que foi um ano maravilhoso, onde a vida me presenteou com saúde, saudade de coisas boas que passei com pessoas que já não se encaixam mais na minha vida, mas sem essas pessoas eu não seria o que sou hoje(seja no bom ou mal sentido), um ano a mais para dar um abraço em cada pessoa especial que passou na minha vida e um abraço mais forte nas pessoas que ficaram na minha vida, um ano a mais para sonhar e realizar meus sonhos, para amar, para beijar, um a mais para tentar, ser feliz, esquecer, lembrar ou um a mais para viver só de amor.
Em 2014 eu dancei, conheci lugares que jamais imaginei ir, fui em eventos que desejei muito, conheci pessoas maravilhosas.... uma delas que mudou minha vida para sempre *--* meu mo.... me reaproximei de pessoas que sempre fizeram parte da minha vida, cultivei mais a amizade de outras e larguei mão daquelas que não me acrescentam nada de bom. Vivi intensamente, radicalmente e porque não dizer loucamente.
31 de Dezembro. Não tem jeito, vem ligeira aquela tristeza sorrida que a gente esconde no peito durante todo o ano e que agora a falta de correria nos permite sentir. Comigo não é diferente. Faço planos, traço metas, bate arrependimentos, orgulho, agradeço e peço. Escrevo em um papel tudo que eu quero esquecer, queimo, piso em cima e solto no vento para que aquelo tudo vá para bem longe, em um ritual que parece até macumba, mas na verdade é um pedido divino para eu aprender com a dor e crescer. Esqueço o que foi triste, me esforço para ver tudo de um jeito que fique bonito e sigo. Depois, pulo as ondas de um mar imaginário e conto os segundos, no relógio que eu não uso, para celebrar a grande virada.
Ano-novo, vida nova! Preencho meu coração de alegria e aposto tudo nesses novos 365 dias. Peço amor, amizade, saúde, paz, felicidade, força e dinheiro. Só não peço um amor novo porque gosto do que 2014 me deu.
Feliz 2015 para mim, feliz 2015 para você! Um ano apaixonante é o que eu desejo, é o que eu mereço e vou buscar, a cada dia, no dia-a-dia, a cada momento em que eu viver e sonhar.
RECEITA DE ANO NOVO
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens? passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1987)
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